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    sábado


    ANTÓNIO DINIS DA CRUZ E SILVA



    António Dinis da Cruz e Cruz (1731 - 1799)

    Escritor português, natural de Lisboa. Formou-se em Leis na Universidade de Coimbra. Terminado o curso, seguiu a magistratura, sendo nomeado juiz em Castelo de Vide (1759) e em Elvas (1764). Mais tarde, foi promovido a desembargador da Relação do Rio de Janeiro. Nessa qualidade, fez parte da comitiva enviada ao Brasil para julgar os réus da revolta que ficou conhecida por Inconfidência Mineira, entre os quais se encontravam alguns poetas seus amigos. Pouco mais se sabe da sua estadia no Brasil, embora aí tenha escrito a maior parte da sua obra. Poucos meses depois do terramoto de 1755 fundou, em Lisboa, juntamente com dois outros jovens bacharéis em Direito, Esteves Negrão e Gomes de Carvalho, a Arcádia Lusitana
    , adoptando o pseudónimo arcádico de formação greco-latina Elpino Nonacriense.
    Conforme parecia ser apanágio dos poetas arcádicos, também Cruz e Silva publicou pouco em vida — apenas quatro hinos
    , três idílios, duas odes e um ditirambo. Muita da sua obra, bem mais vasta, só foi publicada postumamente. Pouco tempo depois de morrer foram publicadas as Odes Pindáricas (1801), o poema O Hissope (1802), e os seis volumes das Poesias (1807-1817). Mesmo assim, uma fatia considerável da sua obra permanece ainda hoje inédita. Fiel seguidor dos princípios estéticos preconizados pelo neoclassiscismo, raramente intentou libertar a sua poesia dos convencionalismos arcádicos, enchendo-a de alusões mitológicas e respeitando sempre os rígidos cânones clássicos, o que lhe retirou muito do seu carácter emotivo. Mas a sua maior obra, talvez a maior de todo o período arcádico, o poema herói-cómico O Hissope, desfrutou de grande popularidade e foi traduzida para francês, inglês e alemão. Na obra, escrita no estilo épico d'Os Lusíadas, com um tom escolhido propositadamente para melhor realçar o ridículo do tema, e servindo-se do pretexto de uma intriga entre o bispo e o deão da cidade de Elvas, ridiculariza os valores feudais, a mentalidade escolástica, a poesia gongórica, o fausto da aristocracia e os abusos praticados pelas altas esferas da Igreja. Alguns autores consideram este poema a única obra dos árcades que merece, ainda hoje, ser lida.
     


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